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LGBTs nas lutas: por direitos e pelo fim da violência

Por Junior Vieira – Setorial LGBT da CSP-Conlutas, servidor público municipal de Teresina

Em 17 de maio comemora-se no Brasil e em muitos países o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, hoje, LGBTfobia (aversão a lésbicas,  gays, bissexuais, travestis e transexuais). Este dia é celebrado em todo o mundo como a data em que a OMS (Organização Mundial de Saúde) retirou a homossexualidade da CID (Classificação Internacional de Doenças), contribuindo para o avanço das discussões sobre o tema.

Importante e necessário, este dia deve ser lembrado em escolas, universidades, fábricas, sindicatos, partidos e em todos os locais de estudo e trabalho.  Apesar de termos uma data de combate contra a homofobia, fruto das lutas das LGBTs, infelizmente, ainda há muito para se avançar diante de um sistema opressor e excludente, sobretudo, quando falamos da saúde, deste segmento da sociedade.

A maioria das LGBTs, principalmente as da classe trabalhadora, utiliza o SUS (Sistema Único de Saúde) para consultas e tratamentos. Porém, existe a necessidade de profissionais qualificados, equipamentos necessários e o apoio social e psicológico para o atendimento de uma pessoa LGBT. Isso ocorre porque há diferenças no atendimento de uma mulher lésbica ou trans para uma mulher cis hétero; as travestis e transexuais muitas vezes não são reconhecidas no seu gênero; a própria cirurgia de readequação/redesignação sexual não é oferecida a todos que necessitam. 

Neste sentido, é preciso um SUS que atenda as necessidades das LGBTs, que respeite as diferenças e acolha as individualidades. Para isso, é necessário que a luta continue. Os governos de Temer (PMDB), de Lula e de Dilma (PT) não governaram para as LGBTs, todos eles têm ou tiveram os mesmos projetos de vender os nossos direitos por alianças esdrúxulas com a bancada conservadora. 

Por isso, é importante que todos aqueles comprometidos com a luta da classe trabalhadora tomem para si a luta contra a LGBTfobia; que nossos sindicatos, confederações, Centrais Sindicais, movimentos, DCE, grêmios e outras entidades levantem a bandeira de um sistema de saúde eficiente para atender as LGBTs, mas, não só isso, como também, educação, emprego, moradia, lazer.

No dia 24 de maio vamos ocupar Brasília em defesa dos direitos trabalhista e previdenciário, mas também que neste dia lutemos pela vida das trabalhadoras LGBTs que morrem a cada 27 horas nesse país, seja pela violência institucional, física ou psicológica. Todos e todas na luta pelo fim da LGBTfobia e por um sistema de saúde público e de qualidade.

Nossas bandeiras de luta:

Greve Geral de 48 horas!
Retirada imediata das reformas da Previdência e trabalhista!
Revogação da lei das terceirizações!
Criminalização da LGBTfobia, já!
Aprovação da Lei de Identidade de gênero (Lei João Nery)!
Despatologização das Identidades Trans!


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