2011-11-19 07:04
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Medida será posta em prática caso o prefeito Elmano Ferrer não atenda a
pauta de reivindicação dos professores, que inclui reposição salarial,
eleições para direção de escolas, cumprimento da Lei 11.738/2008, dentre
outros pontos.

Em
Assembleia Geral realizada dia 18.11 (sexta), os professores da Rede
Municipal de Teresina decidiram não iniciar o ano letivo de 2012, caso o
prefeito Helmano Ferrer não atenda uma série de reivindicações da
categoria. "Ou o prefeito realiza as eleições para direção de escolas ou
o ano letivo não vai começar", declarou o prof. Sinésio Soares,
dirigente do Sindserm-The. "Esse prefeito é um ditador, a saída é a
greve geral", opina a professora Albetiza Moreira, que também é da
direção do Sindserm.
Chamaram a polícia... Em vão

Elmano
Ferrer e seu secretário Paulo Machado fecharam as entradas da Semec e
chamaram a polícia para tentar intimidar a Assembleia dos docentes. Em
vão. O que conseguiram foi irritar os professores e fazer com que estes
interditassem a rua em frente à Secretaria Municipal de Educação, um dos
principais corredores de ônibus de Teresina, provocando um caos no
trânsito da capital. "Abaixo a repressão, polícia é pra ladrão",
declarou a professora Lourdes Melo, uma das lideranças dos docentes.
Lei 11.738/2008
Um dos principais pontos discutidos durante a Assembleia foi a
aplicação imediata da Lei 11.738/2008, que trata do Piso Nacional dos
Professores e da jornada máxima em sala de aula. Por essa legislação,
desde janeiro último nenhum professor com nível pedagógico (médio) deve
receber menos que R$ 1.597,86 como vencimento básico, valor que pode
inclusive ser pago para jornada de vinte horas semanais. Essa mesma Lei
diz ainda que a jornada máxima dos docentes em sala de aula é 2/3 de
suas cargas horária. Ou seja, quem trabalha um turno é obrigado a
cumprir no máximo 13 h/a em atividades diretas com os alunos.
Atualmente, prefeito e seu secretário obrigam os professores a trabalhar
duas horas aula a mais. Quem tem dois turnos esse número dobra. Ainda
em relação a isso, "a direção do sindicato estuda ingressar com uma ação
judicial para cobrar o que a categoria tem direito, retroativo a 2009,
ano em que a referida Lei entrou em vigência", declarou Gervásio Santos,
secretário jurídico do Sindserm-The.

Prefeito
e seus assessores precisam sair da intransigência e negociar de forma
séria com os servidores, para evitar greve geral no magistério. É
inadmissível que a população seja prejudicada por conta da intolerência
de Helmano Ferrer e do seu secretário Paulo Machado.
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