O dia 25 de julho integra calendários oficiais e celebrações que congregam o legado proposto a partir do 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas que foi realizado no ano de 1992, em Santo Domingo, República Dominicana. A partir de então, diversos coletivos atuam na luta pela igualdade racial, pela representatividade na política e na sociedade civil em uma luta de muita resistência e enfrentamento ao racismo.
Mesmo com os reconhecimentos institucionais da data histórica, é nas ruas e no cotidiano dessas mulheres que a luta se faz presente. Em países como o Brasil, marcado pela forte desigualdade e pelo racismo estrutural, a violência tem gênero, cor, localização geográfica e classe social: atinge mulheres negras com o subemprego, violências, misoginia, machismo, tudo isso com a face cruel do racismo.
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha tem a tarefa de relembrar a força, o protagonismo e a história vivida e registrada por essas mulheres e destacar o papel fundamental das organizações da classe trabalhadora que se impõem diariamente para reivindicar uma sociedade livre das opressões que sustentam o capitalismo.
Uma dessas histórias é lembrada, no Brasil, a partir da Lei 12.987 que também estabeleceu o dia 25 de julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Ao que se registra, a líder quilombola pertenceu ao Quilombo Quariterê no século XVIII, localizado na fronteira entre o Mato Grosso e a Bolívia. Sua atuação política deixou contribuições ancestrais que são valorizadas e homenageadas em todo o país como parte do movimento de libertação da população negra no Brasil e em torno da pauta antirracista.
Esses exemplos históricos impulsionam as demais gerações a ocuparem e promoverem a escrita de novas histórias para as mulheres negras. Presentes nos lares, nas ruas, em projetos culturais, nas artes, na política, nas organizações da classe trabalhadora, nas salas de aula, na ciência, nas grandes cidades, no interior do país, no campo, no serviço público e em diversos papeis sociais. São mulheres diversas, cisgênero, trans, travestis, da comunidade LGBTQIAPN+.
Uma luta que não parou e se faz consequente nas conquistas do presente e abre caminhos para o futuro que só será possível com a libertação da nossa classe.
Viva as Mulher Negra
Latino-americanas e Caribenhas!
Viva Tereza de Benguela e as
mulheres negras do Brasil!
Viva as Mulheres Negras da Classe
Trabalhadora!
Texto com fontes: Agência Brasil/ Brasil de Fato
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