UBS É ASSALTADA PELA SEGUNDA VEZ E AGENTE DE PORTARIA É RENDIDO COM UMA ARMA
O SINDSERM visitou
hoje pela manhã, a Unidade Básica de Saúde do bairro Porto Alegre, zona sul de
Teresina, a chamado dos servidores. Com muro quebrado e o espaço de trás
completamente aberto, o local é um alvo fácil para assaltantes e os agentes de
portaria vivem amedrontados com a situação. Na última quinta-feira, 16, uma
dupla de assaltantes entrou na UBS pela caixa do ar condicionado, arrombou as
portas de dentro, rendeu o agente de portaria, o ameaçou de morte e ainda houve
troca de tiros com a polícia. O buraco do tiro na porta da unidade ainda guarda
as marcas da insegurança.
Depois desse assalto, os agentes de portaria
decidiram que não vão mais trabalhar no período da noite, já que a estrutura da
UBS é completamente aberta e não garante nenhuma segurança para quem trabalha
no local. De acordo com o servidor Francisco Morais, esse não é o primeiro
assalto registrado dentro da Unidade de Saúde.
“Ano passado, teve assalto aqui e foi durante
o dia. Teve até tiro aqui dentro, uma das pacientes chegou a ser atingira com
um tiro na perna. Foi sufoco demais. Não tem a mínima condição de trabalhar
desse jeito, sem condições de segurança. Todos os agentes estão amedrontados
com isso”, afirma.
A coordenadora da Unidade chegou a informar a
Prefeitura de Teresina e à Secretaria de Saúde, mas nada foi feito. A única
medida veio na segunda-feira, quando a caixa do ar condicionado foi tampada com
tijolos, medida essa que não resolve o problema. As portas continuam quebradas
e a insegurança ainda ronda o local.
Para a presidente do SINDSERM, Letícia
Campos, essa situação já extrapolou todos os limites e a Prefeitura continua
fechando os olhos para isso. “Esse é um problema que a Prefeitura precisa
encarar. Sabemos que a questão da violência está diretamente ligada à
desigualdade social, então garantir escolas, creches, unidades de saúde,
esporte e cultura para a população é central nessa luta. Coisa que infelizmente
não vem sendo feita por essa gestão que, ao contrário, está fechando creches e
sucateando cada vez mais o serviço público”, denuncia.
A pergunta que fica é: onde está esse
dinheiro? Por um lado, reformas paradas e servidores com péssimas condições de
trabalho e por outro o Prefeito Firmino Filho retirando mais de 800 mil reais
da Secretaria de Saúde e transferindo para a Secretaria de Comunicação a fim de
fazer campanhas publicitárias, que mascaram a realidade do serviço público
municipal.
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