Pinheirinho: governo paulista ignora federação e barbariza contra mais de 7 mil moradores |
Escrito por Daniela Novais | |
Seg, 23 de Janeiro de 2012 09:13 | |
De maneira inesperada e ilegal, a Polícia Militar de São Paulo iniciou a invasão e o despejo dos moradores da comunidade do Pinheirinho. Na operação, que pegou de surpresa os moradores, participaram cerca de 2 mil policiais militares, convocados em cerca de 33 municípios, incluindo a Rota e Tropa de Choque, que utilizaram 220 veículos, um carro blindado e dois helicópteros Águia, além de 40 cães e 100 cavalos, armamentos letais como pistolas e automáticas, balas de borracha e gás lacrimogêneo e pimenta. Os policiais afirmam que permanecerão ali até segunda-feira para impedir tentativas de retorno dos moradores.
Segundo moradores que informaram a Agência de Notícias das Favelas, podem haver sete mortes. Um diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos afirma que houve 5 moradores mortos. Um policial e um morador, segundo ele, estão em estado grave.
Mais de 18 pessoas foram presas, celulares, telefones e internet foram cortados no local. Crianças e idosos foram cercados e violentados no interior da ocupação e deslocados com violência. Pertences foram destruídos e aos moradores não foi permitido levá-los consigo.
O advogado da ocupação, Toninho, foi atingido por um disparo de bala de borracha e em seguida foi preso.
A informação que nos chegou direto do Pinheirinho é que todas as lideranças e principais ativistas envolvidos na resistência foram presos, alguns brutalmente espancados, como testemunhou um de nossos colaboradores.
O clima foi de guerra civil. Um massacre de contornos fascistas, promovido por diversas polícias despreparadas, que protagonizaram uma barbárie contra o povo despossuído que há anos ocupou aquela região para sobrevivência. Esta operação criminosa irá, por fim, beneficiar o capitalista, também criminoso, Naji Nahas, que inclusive deve milhões à prefeitura.
Os hospitais locais se negam a dar informações à imprensa e, segundo eles, a prefeitura está centralizando as informações e é responsável por anunciar o número oficial de óbitos e feridos.
Um de nossos repórteres que esteve no local afirmou que oito carros foram incendiados e que os conflitos deverão permanecer nos próximos dias, dada a revolta que se espalhou pelas comunidades e favelas do município de São José dos Campos.
Por sua vez, o governador Geraldo Alckmin disse, por meio de sua assessoria, que considerou legítima a ação da Polícia Militar na desapropriação, segundo informou a Rádio CBN.
O governador afirmou ainda que caberá à prefeitura do município a remoção e o alojamento das famílias que foram retiradas do terreno.
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de São José dos Campos, que também é ligada ao PSDB, "cerca de 25% das pessoas" que viviam no local foram para os abrigos disponibilizados, que foram improvisados.
AQUI EM TERESINA, ACONTECERÁ ATO-PROTESTO CONTRA A INVESTIDA CRIMINOSA DA POLÍCIA TUCANA DE ALCKMIN CONTRA PESSOAS INOCENTES, SERÁ JUNTAMENTO COM A MANIFESTAÇÃO DOS INDIGNADOS, NA PRAÇA DO FRIPISA, A PARTIR DAS 14 HORAS.
|
Comentários
Postar um comentário