Os
servidores públicos municipais de Teresina estão em greve desde o dia 1º de
abril, contra as arbitrariedades do Prefeito Firmino Filho (PSDB) que, apoiado
pelos vereadores da capital, aprovaram o reajuste da categoria parcelado, em
três vezes. Efetivamente, o reajuste será de apenas 3,57%.
A
categoria, sobretudo, os setores administrativos não aceitam o parcelamento do
reajuste. “Existe uma crise instalada no país, que não foi provocada ou gerada
por nenhuma de nós trabalhadores. Não participamos dos escândalos de corrupção,
não estamos sendo investigados pela Operação Lava, nem fomos citados na lista
da Odebrecht, como o Firmino. Por isso, não aceitamos pagar por essa crise”,
afirma Letícia Campos, presidente do SINDSERM.
A
greve já atinge setores administrativos dos Postos de Saúde, Unidades Básicas
de Saúde, Laboratório Raul Bacelar, Centros de
Apoio Psicossocial, assim como os fiscais de transito, assistentes sociais e
motoristas do Núcleo de Transportes da Fundação Municipal de Saúde.
O impacto do
parcelamento nas contas dos servidores será alto. De acordo com a economista
Verônica Paraguassú, que fez um levantamento econômico analisando a perda
salarial que os trabalhadores terão a partir desse parcelamento proposto pelo
Prefeito, o cenário será de mais perdas.
O
estudo concluiu que, com o parcelamento do reajuste de 10,7%, os servidores
enquadrados nas Classes A e B (em qualquer dos níveis) terão uma perda anual de
R$ 341,28. Já os servidores enquadrados na Classe C terão perdas de R$ 370,11 à
R$ 429,06, de acordo com o nível.
“Para
nós, isso é uma perda enorme e só demonstra o total desrespeito do Prefeito
Firmino Filho com o servidor municipal. Por isso não aceitamos esse
parcelamento e vamos manter a greve até que o prefeito reverta essa medida
arbitrária”, finaliza Letícia Campos.
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