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Direção do SINDSERM e Comissão eleita em Assembleia Geral participam de reunião com Equipe de Transição de governo e iniciam negociações com futura gestão da PMT

 











Em resposta ao ofício protocolado no dia 7 de dezembro, a Direção do Sindicato das(os) Servidoras(es) Públicas(os) Municipais de Teresina (SINDSERM) foi recebida, junto com professoras escolhidas pela categoria em Assembleia Geral, por membros da equipe de transição de governo da gestão que assumirá a Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) a partir do dia 1º de janeiro. Estiveram presentes no encontro ocorrido dia 16/12, quarta-feira, o Coordenador Geral da equipe, ex-ministro João Henrique de Sousa, o vice-prefeito eleito Robert Rios, e futuros secretários das maiores pastas como educação, saúde, governo, comunicação, finanças, assistência social, dentre outros.
 
Foram discutidos pontos como a Greve da Educação Municipal (completou 281 dias em 16/12), as questões salariais mais amplas, condições de trabalho e a pauta de reivindicações de vários setores do serviço público municipal. Com informações fornecidas pela categoria e seus representantes de base, exigências de órgãos técnicos e legislativos, e diante da pauta de reivindicações elaborada anualmente, o SINDSERM reforçou as denúncias já feitas nas instâncias oficiais e na imprensa sobre mentiras e a falsa propaganda que imperou na PMT nos últimos anos. “Sobre a quantidade de aulas/atividades remotas supostamente ministradas e assistidas pelos alunos, a portaria do Calendário Escolar da SEMEC tem uma tabela muito fácil de elaborar, pois eles colocaram números fictícios. É preciso fiscalizar o que foi feito em números reais e apresentar propostas para recuperar conteúdos em função da pandemia, da exclusão digital e da greve”, disse Sinésio Soares, da Coordenação Geral do SINDSERM, exemplificando o que acontece no âmbito da Secretaria Municipal de Educação (SEMEC) que será assumida pelo ex-reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Nouga Batista Cardoso.
 
Devido à Greve, a pasta da Educação tomou a maior parte da discussão, e a professora Cleide Leão, membra da Comissão eleita e representante do Conselho Municipal de Educação, informou que somente 61 das 312 unidades de ensino tiveram acesso à plataforma do Mobi Educa. “Isso tudo é uma farsa. Crianças cansadas, pais que não aguentam mais colocar crédito no celular que não dá conta das aulas, os filhos que dispersam a atenção e quem conhece de educação pública sabe que em Teresina ela não andou, não funcionou em 2020”, pontuou. Representando o posicionamento da categoria a Comissão defendeu um levantamento minucioso do que realmente foi possível cada aluno (a) aprender em cada uma das turmas das 312 unidades de ensino da rede municipal.
 
De forma emergencial, a equipe de transição elegeu três pontos para resolução mais imediata: devolução de descontos indevidos em contracheques de servidoras (as), pagamento do retroativo de sete meses do piso do magistério e elaboração de uma proposta de recuperação de conteúdos no ano de 2021, após levantamento do que realmente foi aprendido no ano letivo de 2020. João Henrique se comprometeu em receber as demandas e solicitou que o Sindicato apresentasse os valores dos descontos ilegais dos 81 professores vítimas de perseguição e dos 07 meses de retroativo do Piso do Magistério. O documento com estes valores será protocolado pelo SINDSERM na próxima segunda-feira (21/12). Nesta oportunidade, atendendo à solicitação do futuro secretário de educação, será marcada uma reunião da nova equipe da SEMEC com a Direção do SINDSERM e a Comissão eleita em Assembleia Geral, para discutir questões específicas da Educação.
 
Já em uma de suas primeiras falas, Robert Rios revelou: “informações passadas [pela PMT] estão longe da realidade. Bombas-relógio para estourar no nosso colo”. Com isso, o vice-prefeito de Dr. Pessoa (MDB) pediu aos representantes da entidade sindical uma trégua na Greve da Educação Municipal, que já dura 281 dias (neste 16/12), com a ideia de ter tempo para resolver demandas apresentadas pelo Sindicato. A Direção do SINDSERM informou que todas as propostas serão apreciadas pelo conjunto da categoria e que as Assembleias Gerais são a maior instância de decisões, dando o exemplo de que até mesmo a equipe que compareceu à reunião foi eleita e fala em nome do conjunto das (os) servidoras (es).
 
Nesta quinta feira (17) a Direção Colegiada do SINDSERM realizou Reunião Extraordinária e, devido ao recesso escolar de fim de ano, deliberou realizar a próxima Assembleia Geral dos Servidores Municipais no dia 04 de janeiro de 2021 para votar a proposta apresentada pela equipe de transição e aprovar a Pauta de Reivindicações que está sendo atualizada nas reuniões setoriais.
 


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