Na segunda-feira, 2 de
setembro de 2019, às 14H, aconteceu, na praça do coreto da Universidade Federal
do Piauí, uma Assembleia Unificada de estudantes, professores(as) e pessoal
técnico administrativo para discutiram e deliberar sobre a posição da comunidade
acadêmica sobre o projeto Future-se, o sucateamento e precarização projeto das
universidades públicas, tendo como principal objetivo a capitalização e
enriquecimento dos grandes grupos internacionais de investimento.
A mesa que conduziu as
discussões na Assembleia estava composta por representantes do DCE, ANDES SN,
SINTUFPI, ADUFPI e do Fórum Pelos Direitos e Liberdades Democráticas.
No mesmo momento em que
acontecia a ASSEMBLEIA COMUNITÁRIA estava ocorrendo, ao lado, a reunião do
Conselho Universitário, espaço institucional responsável pelo posicionamento da
UFPI frente a esse ataque frontal ao direito à educação pública e gratuita de
boa qualidade, que o governo neofascista de Jair Bolsonaro pretende destruir
para beneficiar ainda mais o grande capital.
Após estudantes,
professores e técnicos fazerem suas explanações sobre a atual conjuntura
nacional, de ataques à educação e a previdência pública, a Assembleia conjunta
dos três segmentos da UFPI deliberou, por unanimidade, pela ocupação do salão
nobre da reitoria, para pressionar o Conselho Universitário a tomar a decisão
política que respeite a posição democrática da maioria daqueles que constroem a
UFPI.
A ocupação foi
realizada imediatamente após a deliberação da assembleia conjunta e a pressão
por parte dos estudantes e trabalhadores técnicos e docentes apresentou como
exigência um posicionamento da Reitoria e do Conselho Universitário da
Universidade Federal do Piauí contra o Future-se.
Após várias
intervenções e palavras de ordens durante a manifestação, o Reitor afirmou que
seria contrário ao projeto, mas pretendia realizar um longo debate em todos os
Campus da UFPI para “fundamentar” a posição contrária. O representante do DCE
no Conselho Universitário propôs, então, um prazo de uma semana para a
construção de uma contraproposta a esse brutal ataque à educação pública.
Diante das falas e
palavras de ordens dos manifestantes, o Reitor concordou com o prazo estipulado
e ficou decidido que, na próxima segunda-feira (09/09/2019) será realizada uma
Assembleia Geral Comunitária às 16h, no Auditório do Espaço Cultural Noé
Mendes, com a participação da Reitoria, Conselho Universitário, DCE, ADUFPI,
SINTUFPI e a convocação de todos(as) os(as) discentes, docentes e técnicos (as)
para formalizar, num espaço amplamente democrático, a posição contrária da UFPI
ao famigerado e nefasto projeto rebatizado pelo movimento como “FATURE-SE”, em
referência aos interesses e fim descaradamente lucrativos.
Após a ocupação, no
início da noite, as organizações de juventude se reuniram com representantes de
sindicatos e pastorais sociais da Igreja Católica, no Fórum pelos Direitos e
Liberdades Democráticas, na sede do SINDSERM TERESINA, onde foi avaliada
positivamente a ação direta realizada. Também foi planejada a mobilização para
a Assembleia Geral da UFPI, no dia 09, e a manifestação do Grito dos(as) Excluídos(as),
no sábado, 07 de setembro, em defesa da soberania e contra os ataques do
governo neofascista de Bolsonaro.
Por Angelo Carvalho - Membro do Centro Acadêmico De Direito da UFPI – CACC e Militante da
organização Ruptura Socialista. Estagiário de Direito no escritório jurídico
que atende o SINDSERM Teresina
Fonte: Esquerda Online
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