Profissionais da Educação Municipal de Teresina deflagram GREVE SANITÁRIA EM DEFESA DA VIDA e exigem testagem, imunização e fiscalização nas Escolas e CMEIs, para evitar crime contra a saúde pública.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (SINDSERM) informou oficialmente, na terça-feira (10), a decisão tomada pela categoria pertencente ao magistério municipal a respeito da Greve Sanitária e o não retorno dos profissionais às salas de aula presenciais na capital. Considerando os dados atuais da pandemia e as condições estruturais das unidades de ensino, professores(as) continuarão apenas nas atividades remotas que, embora mais desgastantes, preservam as vidas da maioria dos trabalhadores (as), alunos e familiares, que ainda não fizeram testagem nem estão imunizados(as).
A greve sanitária foi decidida na última assembleia geral da categoria, realizada no dia 6 de agosto pelo SINDSERM Teresina. Além das questões estruturais e de saúde sanitária, a categoria exige também a devolução dos descontos indevidos e o pagamento do retroativo da segunda parcela do piso de 2020 que ainda não foram pagos pela Secretaria Municipal de Educação (SEMEC).
Em defesa da saúde e da vida, os trabalhadores da educação permanecerão preventivamente nas atividades remotas, sem retornar às atividades presenciais até que se tenha as condições sanitárias urgentes apresentadas em reunião com a SEMEC. O SINDSERM Teresina elenca que dentre as exigências aprovadas em Assembleia estão a testagem de membros das comunidades escolares; a imunização completa por meio da vacinação contra a Covid-19, seguindo as orientações do calendário vacinal; as devidas condições e adequações na estrutura, equipamentos e manutenção das escolas e centros municipais de educação infantil, respeitando os protocolos sanitários orientados por especialistas em infectologia.
“No Piauí, de janeiro a abril de 2021, foram registrados 17 desligamentos por morte na Educação, representando um aumento de 270%. Isso representa uma média de 195 óbitos para cada 100 mil habitantes. Entre as diferentes ocupações do setor, os Profissionais do Ensino (professores e coordenadores, entre outros) foram os que mais tiveram vínculos encerrados por morte: 612, em 2021. Este foi o saldo das aulas presenciais impostas na rede particular de ensino. Uma tragédia escondida que a negligência do governo estadual permitiu acontecer”, afirma o SINDSERM Teresina em ofício encaminhado à SEMEC.
A entidade defende a orientação pela Ciência e afirma que o retorno deve ser gradual e seguro. Destaca ainda “a responsabilidade da testagem e da vacina, cuja eficácia está comprovada pelos dados estatísticos mais recentes e que estamos tão próximos de atingir a imunização de grande parte da categoria até o final do mês de setembro, como pode ser verificado através dos dados da pesquisa realizada pelo SINDSERM”. A entidade realizou, entre o final de julho e início de agosto, uma pesquisa com profissionais da Educação por meio de aplicação de questionário. Instrumento de pesquisa disponível em: https://forms.gle/2AJJKHnhRCQm1naT7. Os dados foram encaminhados à SEMEC e utilizados em representações junto ao Ministério público do Trabalho.
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