A Câmara Municipal de Teresina assinou (em 03/12) sua conivência com o desmonte do processo democrático de escolha de diretoras(es) das escolas e CMEIs da rede municipal de ensino. Ignorando a indignação das(os) trabalhadoras(es), das representações de movimentos sociais, estudantes e das comunidades escolares, decidiu aprovar o retrocesso enviado pelo prefeito Silvio Mendes (União Brasil).
Para além da votação, a postura da vereadora Samantha Cavalca (PP) expôs o desrespeito ao diálogo: ofendeu professoras e professores e, mesmo sendo presidente da Comissão de Educação, não abriu qualquer espaço para escutar a categoria e nem respondeu à correspondência do sindicato.
O projeto aprovado descaracteriza completamente o processo eleitoral e esvazia o papel da comunidade escolar. Ao substituir as eleições diretas (que acontecem desde a gestão do ex-prefeito Wall Ferraz) por um modelo burocrático de avaliação de mérito e desempenho antes de uma meta consulta à comunidade, a Prefeitura impõe um sistema que concentra poder no Executivo e reduz a autonomia das escolas, implantando um método autoritário e ditatorial. Em vez de fortalecer a gestão democrática, o governo municipal a ataca frontalmente a democracia nas escolas e CMEIs.
Diante desse ataque, o Sindicato anuncia uma forte campanha pública para que a população saiba exatamente quem votou contra a democracia nas escolas. Os nomes dos(as) vereadores(as) que aprovaram o projeto serão divulgados em outdoors por toda a cidade, numa ampla ação de rechaço promovida pelas(os) servidoras(es) municipais. Se os vereadores optaram pelo fim da democracia na rede municipal de ensino, a pedido do prefeito e do secretário de educação, é justo que a sociedade saiba quem são e como votam.
Silvio Mendes, preste atenção!
Comprou vereador, mas não compra a educação!
Educação não é curral, e diretor eleito não é cabo eleitoral!

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