Celebrado anualmente em 1º de dezembro, o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS é uma data que convoca o mundo a refletir sobre a resposta global, prestar solidariedade às pessoas soropositivas e honrar aquelas que perderam suas vidas em decorrência da doença. Criado em 1988, este foi o primeiro dia internacional dedicado à saúde global, tornando-se um marco para a mobilização política, social e comunitária em torno de direitos, prevenção, tratamento e enfrentamento à discriminação. A fita vermelha, símbolo universal da causa, representa esse compromisso coletivo com a vida, a dignidade e o fim do preconceito.
A luta contra a AIDS também se entrelaça com as lutas da população LGBTQIAPN+ e das pessoas que foram historicamente atingidas pelo HIV, mas também criminalizadas, culpabilizadas e tratadas como ameaça pública. Esse é um estigma que persiste em muitos países. Ainda hoje, segundo levantamentos da UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS), leis que criminalizam relações homoafetivas, identidades de gênero e o uso de drogas dificultam o acesso à saúde e colocam essas populações em risco.
No Brasil e no mundo, a desinformação e o preconceito continuam moldando narrativas perigosas que afastam pessoas do diagnóstico, atrasam o início do tratamento e aprofundam vulnerabilidades. Em Teresina, dados divulgados pela FMS, confirma que, apesar da diminuição, a cidade registrou, até 1º de dezembro, 424 casos. Em 2024, Teresina contabilizou 469 casos.
Defender o SUS, a educação, a ciência e as políticas de prevenção é também enfrentar o preconceito que adoece, exclui e mata. Reafirmamos que nenhuma pessoa pode ser deixada para trás, seja no acesso ao diagnóstico, ao tratamento, à informação ou ao acolhimento.
A data conclama à luta e solidariedade entre trabalhadoras e trabalhadores, lutando por direitos, visibilidade, dignidade e por um futuro livre de estigmas e discriminação. Porque enfrentar a AIDS é, antes de tudo, defender vidas.

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