O Fórum Pelos Direitos e
Liberdades Democráticas do Piauí, centrais sindicais, movimentos sociais e
coletivos de mulheres organizaram um ato em Teresina que marcou o Dia
Internacional de Combate a Violência Contra a Mulher neste 25 de novembro. O
Sindicato das(os) Servidoras(es) Públicas(os) Municipais de Teresina (SINDSERM)
também esteve presente por meio do Coletivo de Gênero e Classe.
O ato aconteceu no final da tarde
no canteiro central da Frei Serafim, onde as mulheres fizeram falas para
mostrar à população que passava pelo local sobre a importância de denunciar
violências, lutar pelo fim dos crimes contra mulheres e combater as opressões
machistas que tiram vidas cotidianamente. Daniele Brito, diretora de assuntos
jurídicos do SINDSERM, ao dar início às intervenções, apresentou dados do
Núcleo de Estudos da Violência e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
“Nesses dados constam que uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil.
No último ano, o número de crimes contra as mulheres aumentou 12%. Por isso
hoje estamos aqui com diversas organizações para alertar sobre o aumento da
violência e como combater os feminicídios por meio da exigência de políticas
públicas de segurança e respeito, combatendo as opressões”.
Apesar dos avanços na legislação
brasileira, alguns dispositivos precisam ser efetivados como é o caso da Lei
Maria da Penha. “A Lei Maria da Penha foi uma grande conquista, mas precisamos
de mais políticas de segurança, de prevenção às violência. Nós mulheres não
devemos nos calar, precisamos dizer que basta de violência”, destacou Kelly
Coelho, diretora do SINDSERM. O ato também refletiu sobre o que origina os atos
de violência e o crescimento nos números. A cultura repleta de machismo e
misoginia coloca as mulheres em situações humilhantes e até mesmo banais.
Para Francilene Nascimento, da
diretoria do SINDSERM, “falamos de dados importantes, números sobre violência,
mas precisamos reforçar que muitas vezes uma mulher vai a uma delegacia e lá
ela não tem a devida assistência. O que ocorre é que muitas vezes elas voltam
para situações de violência, desistem. Mas não vamos desistir. Devemos espalhar
nossos atos e, se conseguirmos abrir os olhos de uma pessoa que seja, já
teremos feito nossa parte, pois nos queremos vivas e nas lutas sempre”.
As mulheres dialogaram com a
população através das falas e dos panfletos distribuídos pelas organizações.
Além disso, o momento também preparou outras atividades destinadas à classe
trabalhadora em Teresina programadas para esta semana. Na quinta-feira, 28, a
partir das 19h, acontecerá a palestra “A conjuntura brasileira atual e os
desafios para a classe trabalhadora”, com o professor Marcelo Badaró Mattos da
Universidade Federal Fluminense (UFF), no auditório do Geratec Uespi - campus
Torquato Neto. Na sexta-feira, 29, a partir das 16h, no Parque da Cidadania,
ocorrerá a III Marcha da Periferia com o tema “O povo quer viver! A periferia
contra o racismo, a política de repressão e morte”.
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