Na data de 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, uma reflexão se faz urgente sobre o que mudou e o que permanece inaceitável na vida das mulheres no Brasil. Apesar das conquistas simbólicas e legais, as estatísticas recentes mostram que a violência de gênero permanece um desafio estruturante.
Segundo levantamento nacional divulgado em
novembro de 2025, cerca de 3,7 milhões de
brasileiras sofreram pelo menos um episódio de violência doméstica ou
familiar nos últimos 12 meses. Em 71% desses casos, a agressão ocorreu na
presença de outras pessoas e, em 70% dessas situações, havia crianças
testemunhando a violência, o que expõe gerações inteiras a traumas e
vulnerabilidades.
O problema vai além da violência física: muitos
casos envolvem múltiplas formas de agressão (psicológica, sexual, patrimonial,
dentre outras). Estudo recente demonstra que a subnotificação continua sendo
uma barreira real, especialmente quando a vítima convive com o agressor ou teme
retaliações. Isso
revela que esses números provavelmente subestimam a dimensão real do problema.
É urgente reforçar as redes de acolhimento, fortalecer as políticas públicas, garantir atendimento digno e seguro, e construir uma sociedade onde suas vozes sejam ouvidas e protegidas.

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