CSP-Conlutas lança carta aberta às centrais chamando a construção da Greve Geral contra as Reformas da Previdência e Trabalhista
A Secretaria Executiva Nacional
da CSP-Conlutas aprovou uma carta aberta dirigida à todas centrais
sindicais do país. Esta carta faz um chamado à construção de uma mobilização
unitária e de uma Greve Geral contra as reformas da Previdência e Trabalhista,
a PEC 241 que está em trâmite no Congresso Nacional, e o PL 257. Esses
ataques apontam um retrocesso histórico nas conquistas obtidas
pelos trabalhadores brasileiros.
O texto da carta aberta segue
abaixo para ampla divulgação nos meios de comunicação das entidades e
movimentos:
Chamado à construção da Greve
Geral contra as Reformas da Previdência e Trabalhista
Dirigimos-nos a todos os
trabalhadores e especialmente às direções das centrais sindicais do país, CUT,
Força Sindical, UGT, CTB, CSB, CGTB, NCST, Intersindical, mas também a todas
organizações do movimento popular e estudantil para que sigamos insistindo em
manter todos os TRABALHADORES UNIDOS EM DEFESA DOS DIREITOS SOCIAIS E
TRABALHISTAS. É hora de organizarmos uma greve geral contra as reformas da
previdência e trabalhista.
O país vive uma imensa crise econômica, social e política. Já são 12 milhões de desempregados, em muitos estados os salários dos servidores está parcelado e o custo de vida aumenta a cada dia.
O país vive uma imensa crise econômica, social e política. Já são 12 milhões de desempregados, em muitos estados os salários dos servidores está parcelado e o custo de vida aumenta a cada dia.
As Reformas anunciadas pelo
governo, o PL 257, bem como a PEC 241, que impõe um limite de investimentos
sociais em áreas como saúde e educação, mostram que, mais uma vez, querem jogar
a conta da crise econômica nas costas da classe trabalhadora e dos mais pobres.
O governo vem defendendo a aplicação de um ajuste econômico que vai implicar em
cortes sociais, no rebaixamento do poder aquisitivo e na piora das condições de
vida dos mais necessitados; O resultado dessa ofensiva é: Recessão, desemprego,
aumento da informalidade, aumento da inflação, e mais ataques aos serviços e
servidores públicos.
Os trabalhadores já demonstraram
que não aceitam esses ataques e por isso, através do chamado unitário das
Centrais Sindicais, já realizaram grandes mobilizações no mês de setembro:
Jornada de luta em Brasília, que teve os Servidores Públicos à frente, nos dias
12, 13 e 14; Manifestações nos Estados e regionais no dia 15; Paralisações em
nível nacional no dia 22 (com os trabalhadores e trabalhadoras em educação
básica à frente) e a expressiva Paralisação Nacional dos metalúrgicos,
realizada no dia 29, que também teve a adesão de uma parcela dos trabalhadores
da Construção Civil e Petroleiros.
Demonstrando a disposição de
nossa classe em lutar contra essa ofensiva aos nossos direitos, precisamos
intensificar a unidade e construirmos juntos uma Greve Geral Contra as Reformas
da Previdência e Trabalhista!
As reformas da previdência e
trabalhista, somada as outras medidas do chamado “ajuste fiscal”, irão atacar a
todos os trabalhadores e aumentar o desemprego. Em particular as mulheres e
mais os jovens. Só poderemos derrotá-los de forma unificada. Para isso é
preciso organizarmos, todos juntos, uma mesma data para convocar uma greve
geral no país. É preciso chamar reuniões comuns para organizá-la em todas as
bases.
Entre inúmeras outras demandas,
queremos melhores condições de trabalho, aposentadoria digna e a redução da
jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário e nenhum
direito a menos;
Por essas propostas as centrais sindicais brasileiras, independentemente de outros posicionamentos, devem seguir unidas e manter a luta realizando greves, paralisações, atos, passeatas e manifestações por todo o país. É hora de dar um sentido político comum a essas lutas e parar país. Greve Geral, já!
São Paulo, 10 de outubro de 2016.
Sec. Exec. Nac. da CSP-Conlutas
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