A exploração do Gás de Xisto na Bacia do Rio Parnaíba, é um desafio que
a sociedade terá que enfrentar. Não existe segurança alguma para extrair o gás
que é altamente danoso ao meio ambiente e as pessoas. A técnica da extração contamina a água por
metano e outros tantos produtos químicos, o lençol freático até o aquífero. Em
novembro último foi leiloado dois blocos de exploração entre o Piauí e Maranhão
mas, uma Ação Judicial do Ministério Público Federal caçou a liminar e a
extração está proibida no Piauí, por enquanto.
O “fracking”, como é conhecido no mundo a extração do xisto, é proibido
em diversos países da Europa devido os riscos que oferece. A água utilizada no
faturamento das rochas, alto volume no processo de liberação do gás, volta à
superfície contaminada por metais pesado e hidrocarbonetos. Outro risco é a
liberação de gás metano que têm provocado explosões e incêndios até mesmo nas
residências que ficam próximas aos campos de exploração, a exemplo do que vem
acontecendo no Texas, nos Estados Unidos, onde a retirada do Xisto começou em
2010 e tem gerado inúmeros protestos no país.
A Comunidade Científica brasileira encaminhou uma carta a presidente
Dilma recomendando a suspensão do leilão do dia 28 de novembro ate que se
discuta o assunto profundamente com diversos segmentos da sociedade, de nada
adiantou. Os cientistas estão preocupados com os riscos das reservas hídricas
como o aquífero Guarani, na Bacia do Rio Paraná, e o maior do mundo, bem como o
aquífero da Bacia do Rio São Francisco e do Rio Parnaíba entre o Piauí e o
Maranhão.
Uma mobilização nacional dos movimentos socioambientais vem pressionando
a ANP para que seja aberto um espaço de discussão do assunto que é de interesse
público, no sentido de avaliar os impactos dessa exploração. Os doutores em
mineração asseguram ainda que a liberação de metano contribuiu com o
aquecimento global e que a tecnologia usada para fraturar a rocha pode provocar
terremotos.
A Rede Ambiental do Piauí-REAPI, engressou com pedido de moratória até
que se conhece bem os impactos e as
consequências socioambientais da exploração do Xisto em áreas do Piauí e
Maranhão.
Tânia Martins
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