Na última sessão do Pleno do TCE era perceptível o ar de deboche, por parte dos(as) representantes do Prefeito Firmino Filho(PSDB). A Procuradora Geral do Município, Georgia Nunes, e o Secretário de Governo, Charles Silveira, tiveram uma postura autoritária e sutilmente desdenhosa ao questionarem que um conselheiro tivesse a audácia de proferir uma decisão monocrática de bloquear a Conta do Precatório do FUNDEF, emitindo uma cautelar.
Encastelados no poder há décadas, pareciam não se importar com a gravidade do caso em julgamento. Ledo engano. A denúncia bem fundamentada do SINDSERM, encontrando guarida em manifestações de Conselheiros que votaram pelo bloqueio; o acertado pedido de suspeição de influente membro daquela corte e a inspeção aprovada por unanimidade, para averiguação da aplicação dos recursos; representaram uma histórica e importante vitória do movimento sindical, embora ainda parcial.
O SINDSERM vem acompanhando a investigação que vem sendo feita por sérios e qualificados profissionais e que estão revelando inúmeras ilegalidades e irregularidades na movimentação da conta por parte dos poderosos gestores municipais.
Demonstrando indiferença e até desprezo pela legalidade que tanto já exaltou, Firmino assume publicamente que não cumprirá a determinação constitucional de proceder à revisão geral anual de salários dos(as) servidores(as) municipais. É um recado direto ao TCE, de que também não está preocupado com o julgamento da ação de improbidade administrativa a que responde.
O Brasil atravessa uma conjuntura em que a degeneração moral explícita das autoridades e lideranças requer um salto qualitativo indispensável para que possamos chegar a um momento politico superior.
A luta de classes cumpre papel fundamental, quando impulsiona explorados a se insurgirem contra exploradores e sem ela não seria possível avançar. Tais disputas se materializam na ação direta e, por vezes, na disputa acirrada nos espaços institucionais, como a que se apresenta no momento e requer a participação dos movimentos sociais que lutam diariamente por justiça.
Estamos tendo a oportunidade de fazer justiça em relação às atitudes do ocupante do cargo mais cobiçado no Estado do Piauí. Aqui não se trata de uma questão restrita a uma pauta sindical. Os movimentos sociais precisam compreender a dimensão deste processo e participar ativamente.
Aos/às julgadores/as cabe a decisão de como pretendem entrar para a história.
O SINDSERM luta e acredita que avançaremos e convocará amplamente para a próxima sessão.
Que cada um(a) faça a sua parte e que a justiça seja feita!
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