Sem diálogo, a prefeitura quer remover professores, empurrando uma reforma educacional sem legitimidade e aprovação dos professores e da comunidade
Nessa segunda-feira, dia 12 de dezembro, a diretoria e a assessoria jurídica do SINDSERM estiveram presentes com um grupo de professoras em audiência com a promotora Leda Diniz, do Ministério Público. A audiência é resultado de denúncias de arbitrariedade da Secretaria Municipal de Educação ao encaminhar, sem diálogo com a escola e a comunidade, a remoção de oito professoras da U. E. Valter Alencar, no bairro Planalto Uruguai.
A proposta da prefeitura é extinguir as turmas do 1º ao 5º ano na escola e remover cerca de oito professoras para a unidade educacional Camilo Filho, no Planalto Uruguai. O processo não foi acordado com as servidoras municipais e nem com a comunidade escolar. A secretaria de Educação também não apresentou nenhuma proposta técnica para a remoção das docentes.
“A escola para onde as crianças de 1º ao 5º ano e corpo docente seriam removidas não tem refeitório, quadra coberta. A estrutura da escola é acidentada o que dificulta a permanência das crianças além dos riscos de acidente”, não possui banheiros adequados e estrutura, enfim não há condições para a implantação do Tempo Integral. afirma Letícia Campos, servidora municipal e presidente do SINDSEM.. Para os pais e professores, mesmo com algumas adaptações a Camilo Filho fica isolada e não tem transporte próximo. Com a remoção, eles ainda temem que não haja vagas suficientes para as crianças e que por isso elas seriam remanejadas para escolas ainda mais distantes.
O SINDSERM está acompanhando os processos e conta com a colaboração de toda a categoria, principalmente dos servidores da educação, para barrar as medidas arbitrárias da prefeitura e defender as comunidades escolares da nossa cidade, na zona urbana e rural. O sindicato está aberto a denúncias e oferece a sua assessoria jurídica para orientações, judicialização e acompanhamento de assédios e medidas forçadas vindas da prefeitura e de seus cargos administrativos.
Os processos de remoção nas escolas fazem parte da reforma educacional proposta pela gestão do município, com a justificativa do chamado tempo integral. O secretário Montezuma alega que a reforma vai beneficiar servidores e alunos, mas o que está sendo imposto é um processo de superlotação de salas e fechamento de unidades de educação.
Assembleia Geral
Diante dos desafios que seguem em 2017 com a reeleição de Firmino e da gestão do PSDB somados aos ataques nacionais de Temer e do Congresso, o SINDSERM já prepara espaços de organização e deliberação de ações. O sindicato convoca toda a categoria para a assembleia geral no dia 06 de fevereiro, às 8h, no Teatro de Arena da Praça da Bandeira.
Comentários
Postar um comentário