Esta foi a mais forte greve dos funcionários desde 1994, quando ficaram 32 dias parados e também sofreram a intervenção do TST
13/10/2011
Foto: Agência Brasil |
Trabalhadores dos Correios voltaram ao trabalho nesta quinta-feira (13) depois do julgamento na Seção Especializada em Dissídios Coletivos, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ter sido favorável à direção da empresa. Além de decretar o corte de sete dias parados do salário dos grevistas, os trabalhadores terão que repor mais 21 dias de trabalho extra aos finais de semana até maio do ano que vem.
O descumprimento equivalerá à multa diária de R$ 50 mil. Apesar de não ter sido considerada abusiva a greve do setor, o presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, defendeu que a empresa não tem obrigação de pagar pelos dias em que os serviços não foram prestados.
De acordo com o TST, os trabalhadores devem ter aumento de R$ 80 a partir de outubro e reposição da inflação em 6,87% retroativa a agosto. A determinação da Justiça é a mesma proposta oferecida dos Correios na última semana. Apesar de ter sido defendida pela direção sindical, foi rejeitada pelos trabalhadores em assembléia na quarta-feira (05).
Os funcionários reivindicavam R$ 400 de aumento, reposição da inflação pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 7,16%, valorização do piso e contratação de mais funcionários. Esta foi a mais forte greve dos funcionários dos Correios desde 1994, quando ficaram 32 dias parados e também sofreram a intervenção do TST.
“Foi a maior greve realizada pelos Correios. Mais de 70% do efetivo parou e até as cidades que nunca aderiram a uma paralisação reforçaram o movimento. Estávamos fazendo a greve não só por questão econômica, mas por falta de mão de obra e de excesso de trabalho para todos, principalmente, os carteiros”, afirmou o secretário da questão racial da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), Robson Luiz Pereira Neves.
Fonte: Brasildefato.com.br
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