Universidade Estadual do Piauí obtém verba de emergência para iniciar ano.
Prédio do campus de Picos está interditado por reforma mal feita.
Prédio do campus de Picos foi interditado por obra mal feita no andar superior (Foto: Aleksandro Libério /Arquivo pessoal) |
A universidade tem 17 mil alunos espalhados em 52 núcleos pelo estado. A Uespi diz que já conseguiu junto ao governo do Piauí a liberação de R$ 77,5 mil para a compra do material de expediente, e garante ter condições para dar início às aulas.
De acordo com o Sindicato dos Docentes da Uespi, a adesão à paralisação é total em vários campus da universidade, nas cidades de Teresina, Picos, Parnaíba, União e Corrente. “Queremos as condições mínimas para entrar em sala de aula. Não temos condições materiais”, diz a professora de química Graça Ciríaco, presidente do sindicato, por telefone, ao G1. Tem lugar em que o reitor mandou dividir a sala com paredes de gesso, e nem quadro negro tem. Faltam giz, lousa, grampo, e até papel para imprimir a matricula.”
A pró-reitora de ensino de graduação da Uespi, Bárbara Olímpia Ramos de Melo, disse ao G1 que o motivo da paralisação dos professores já foi resolvido com a liberação da verba extraordinária por parte do governo e que o calendário acadêmico será mantido.
Carteiras amontoadas pelos corredores da Uespi (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal) Obra embargada |
“Fizeram salas enormes no andar de cima sem colunas de sustentação. O teto ameaça cair. Foi preciso interditar inclusive as salas da parte debaixo”, diz o estudante de direito Aleksandro Libério, um dos coordenadores do Diretório Central dos Estudantes. Segundo ele, a reforma começada há dois anos e deveria durar seis meses. "Chegamos a ter aulas com o risco da estrutura cair. A diretora decidiu nos tirar de lá para ninguém correr riscos."
A obra foi embargada em outubro do ano passado. A reitoria alugou salas em escolas particulares para os alunos estudarem, mas por falta de pagamento, as salas foram retomadas. De acordo com a universidade, um prédio público foi cedido para atender aos alunos, mas foi preciso adaptar as salas para receber e os alunos ficaram sem ter onde estudar.
Sem vigas de sustentação, teto do prédio em Picos ameaça cair (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal) |
Fios soltos após interdição da obra (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal) |
Em Picos, a Uespi oferece os cursos de direito, administração, ciências contábeis, agronomia, ciências biológicas, geologia, enfermagem, computação, educação física, letras, pedagogia e jornalismo. Os alunos de Picos deverão ser divididos em três turmas para estudarem em espaços alternativos, como uma prédio que não foi embargado no campus, uma escola estadual e um edifício do governo.
Em nota publicada no site da Uespi, o reitor Carlos Alberto Pereira da Silva informa que “a verba necessária para o início das aulas foi repassada pelo governador do Estado Wilson Martins. E com relação à infraestrutura dos campus, o reitor vem medindo esforços junto ao Governo do Estado e através de emendas parlamentares dos deputados federais para a recuperação e estruturação dos mesmos”.
Falta de telhados e estrutura com problemas em Picos (Foto: Aleksandro Libério/Arquivo pessoal) |
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