O dia 20 de Novembro,
dia da consciência negra, é um momento de luta do povo negro, que faz alusão ao
dia da morte de Zumbi dos Palmares um dos símbolos de resistência e de luta
contra o racismo e exploração. Assim como Zumbi precisamos lembrar a luta de
Dandara, Acotirene, Luiza Mahim, Angela Deyvis, João Candido, Malcom X e todos
aqueles que lutaram e lutam contra a exploração capitalista.
As negras e negros
chegaram ao Brasil, trazidos da África, como meras mercadorias e sem nenhum
direito, posse ou liberdade. Seu trabalho era exaustivamente explorado, sem
nenhuma remuneração. Com a falsa abolição da escravidão, vimos os negros(as) se
libertarem das correntes e açoites, para serem inseridos na “senzala moderna”,
submetidos a precárias condições de vida nas periferias marginalizadas e agora
“acorrentados” a uma escravidão assalariada e a todo o estigma negativo criado
sobre a negritude.
A consequência disso é
que hoje, a maioria da população negra está ocupando os piores locais de
trabalho, recebendo a metade do salário que um trabalhador branco. Dessa forma
negros(as) continuam submetidos ao preconceito e exploração da elite branca e
capitalista.
Em se tratando de
opressões, as mulheres negras estão no topo das estatísticas, pois são as que
mais sofrem com a violência do estado, policial e domestica. Também são as que
mais sofrem com o assédio moral e sexual nos locais de trabalho.
Segundo o IBGE 2010,
entre a população feminina residente da cidade de Teresina, 75,52% são mulheres
negras. Uma parte dessas mulheres são servidoras públicas municipais, porém a
maioria ocupam as funções de merendeiras, serviços gerais, professoras de
séries iniciais e técnicas de enfermagens, onde é possível observar uma maior
precarização, exploração e assédio moral para com essas trabalhadoras.
O assédio acontece em
um ambiente predominantemente racista, machista e homofóbico, onde as mulheres
negras ocupam os piores cargos, com trabalhos precarizados e terceirizados,
cumprindo cargas horárias extensas e exaustivas, totalmente desproporcional ao
salário de miséria que lhes são pagos.
Precisamos levar às
ruas a denúncia contra o racismo que mata e divide a classe trabalhadora. É
necessário que os trabalhadores, sindicatos, movimentos sociais, estudantil e
toda a população se unifiquem e compreendam que a luta contra o Racismo deve
ser feita também contra o capitalismo, pois como dizia Malcon X, não há como
destruir um, sem combater o outro.
Pela destruição do Racismo:
basta de genocídio, violência, criminalização, opressão e exploração. A Luta
Contra o Racismo é um Dever!
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