Prefeitura precisa se desafiar em equiparar Cmeis e escolas municipais para conter onda de violência
Mais um Centro
Municipal de Educação Infantil (Cmei) assaltado em Teresina. Dessa vez, o
assalto aconteceu no Cmei Hilda Lemos, localizada no Residencial Francisca
Trindade, região da Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina. O caso
aconteceu na noite de ontem e os autores do crime entraram pela janela de uma
sala de aula, levaram grande parte dos ventiladores e destruíram portas e
janelas.
Com esse caso, já foram seis assaltos registrados no local, onde vários materiais didáticos e pedagógicos foram levados. O pior de tudo é que a Secretária Municipal de Educação (Semec) ainda não repôs nenhuma das coisas subtraídas, como materiais da cantina e material de expediente.
Desde o último final de
semana já foram registrados três casos de assaltos a unidades de educação
municipal de Teresina. Na opinião do Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Teresina (SindSerm) a solução não é apenas aumentar o
policiamento na região, mas é necessário reestruturar as escolas com
equipamentos de seguranças, tanto físico como humano.
“O que estamos falando
aqui é de condições de trabalho dos servidores municipais e segurança da
comunidade. É necessário que a Prefeitura e a Semec se desafiem em equiparar os
locais de trabalho, que os servidores atualmente estão expostos a assaltos,
riscos de estupro e até da própria vida”, afirma Letícia Campos, presidente do
Sindserm.
A forte onda de
violência que assola Teresina tem atingido cada vez mais escolas municipais.
Dentre as vítimas, estão as Cmeis Monte Verde e Hilda Lemos e a Escola
Municipal Planalto Ininga, que já foi assaltada quatro vezes só esse ano.
Outros casos de violência também foram registrados na Escola Jornalista João
Emílio Falcão e Escola R.N. Monteiro.
Servidores municipais
da saúde também estão expostos à falta de segurança, a exemplo dos assaltos
registrados no CRAS da Vila Irmã Dulce e no Hospital do Monte Castelo. Somente
no ano passado, foram registradas 177 ocorrências, entre casos de violência e
danos ao patrimônio, segundo o Pelotão Escolar.
Na opinião do Sindserm,
esse é um problema que extrapola os muros das escolas e é fruto da desigualdade
social e da precariedade de vida das populações carentes. Os casos mais graves
são nos bairros mais pobres e isso não é à toa. A prefeitura precisa agir e
chamar a comunidade para debater estratégias que possam resolver essa situação,
porque é inadmissível que isso se perpetue e que os moradores e servidores
continuem expostos a essa onda de violência.
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