Segundo relatos das
professoras, o problema é antigo e nunca foi apresentada uma solução concreta,
por parte do poder público municipal. Já houve uma proposta de mudar a escola
de local, tendo em vista que o prédio atual não pertence à Prefeitura, mas não
foi concretizada.
Se durante o verão o
problema é mau cheiro que entra nas salas de aula, no inverno o entra é água da
chuva misturada com o esgoto. As professoras contam que escoa fica inundada,
com água na altura da canela.
O problema é um claro
reflexo do desrespeito com as crianças, famílias e profissionais da educação
que utilizam aquele espaço para construção de conhecimento. Mas também reflete
a falta de saneamento básico e de um sistema de coleta e tratamento de esgoto
em Teresina, que atualmente atende apenas 19% da população, segundo dados da
Agespisa. No Piauí são cerca de 170 mil domicílios piauienses que sofrem o
mesmo problema.
Para o Sindicato dos
Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) essa situação coloca os
servidores (as) da Cmei em completo estado de precarização do trabalho. A falta
de estrutura adequada contribui para a qualidade do desempenho escolar.
“O que a prefeitura
está fazendo é jogar crianças e servidores públicos em galpões e ainda chamam
esses galpões de escolas e centro de educação infantil. São espaços sem as
condições mínimas e isso é inaceitável”, afirma José Neto, vice-presidente do
sindicato.
Ele ainda ressalta que
as péssimas condições da Cmei, desde o mau cheiro até a falta de ventiladores e
equipamentos mínimos, impossibilitam que professores possam planejar as aulas
dentro da escolar, como quer impor a Secretaria Municipal de Educação (SEMEC).
“O Horário Pedagógico
pode ser realizado fora da escola. Esse é um momento dos professores e
professoras pensarem e planejarem a melhor forma de debater o conteúdo das
aulas com os estudantes. Fazer isso em um ambiente insalubre como este é
impossível e perdemos a qualidade. Devem ser garantidas estrutura física e
condições ambientais satisfatórias nas escolas, equipamentos, materiais
pedagógicos, organização dos tempos e espaços escolares e a correta composição
de sua jornada de trabalho”, afirma o sindicalista.
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